opinião

O voto impresso tudo comporta, inclusive a fraude eleitoral

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No Brasil dos dias atuais, absolutamente nada mais assusta. O espanto e a capacidade de ficarmos atônitos ou incrédulos nos foram retirados. Ou, pior, entramos em um estado de dormência coletiva. Desde que a pandemia nos atingiu em cheio, tornando o Brasil a capital global de mortandade pelo vírus, estamos como zumbis: vagando. O que já está ruim, ficou ainda pior. Uma crise já se instaura e legitimada pelo chefe da nação. Questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas tem dado a tônica da fala do presidente Bolsonaro que tem, ao lado de apoiadores, defendido a volta do voto impresso.

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O problema é que, em meio a uma pandemia que está na iminência de tirar a vida de 500 mil brasileiros e que devastou com a economia do país, não precisávamos de posicionamentos que nos remetam a tempos de atraso.

Há um nicho que tem buscado criar e alimentar uma teoria conspiratória que visa provocar uma instabilidade desnecessária mirando o 2022. Quem, em sã consciência, não veria o óbvio neste retrocesso: o retorno ao atraso do papel e uma gastança de dinheiro do contribuinte com um modelo arcaico.

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Preocupa o fato de o presidente dizer, de forma equivocada, que o Brasil é o único país a usar urnas eletrônicas - pelo menos outros 23 países usam o sistema.

Não raro, quem acompanha o noticiário com os olhos desprovidos de cegueiras políticas, já ouviu do presidente que a dúvida "sempre vai permanecer" se "não tivermos uma forma confiável de apurar os votos".

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Estamos na iminência de um processo eleitoral que, sem sombra de dúvidas, será o mais tenso e polarizado da nossa jovem e recente democracia. O que não precisamos é, antes mesmo do pleito se iniciar, dinamitar uma eleição que deve ser resolvida em apenas um foro: no voto popular. Quem não se recorda que o então candidato Bolsonaro afirmou que havia vencido a eleição de 2018 no primeiro turno e, inclusive, apresentaria as provas disso. Da mesma forma, no ano passado, levantou suspeitas de fraudes na eleição americana, feita por cédulas. E, agora, já ventila fraude na eleição de 2022 para a presidência da República.

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Marcelo Martins